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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Adivinhações

PRIMEIRO:

Melodias e ritmos dentro de si cabem,
É tão pequenino mas tem várias funções
Muitos usam e usam, mas poucos são os que sabem
Que essa coisa tão mínima é cheia de revelações.


SEGUNDO:

Nele o mundo se cria,
Tendo ele, o mundo se destrói
Com ele, vivemos com história e fantasia,
Sem ele, a mente se corrói.


(Gabryel Fellipe e Sawara S.S.)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Eu Vim

Eu vim, eu vim
Das espumas do mar.
E junto de Afrodite eu quis,
Quis cantar.
Eu vim, eu vim!
Do sal e da concha.
Do coral.
E lá do Pontal!
Eu vim! Eu vim!
Vim lá de Moncha,
Onde os peixes dançam
Com o Rei e
Com o Frei.
Vim! Eu vim,
De onde as barbatanas balançam,
No ritmo de pífaros
E do canto dos cavalos-marinhos.
Eu vim, eu vim,
Do lugar cheio de colarinhos,
Onde todos se vestem bonitinhos
Para alegrar nosso dia.
Eu vim, eu vim
Do ventre de Velahall.
Eu vim, eu vim,
De onde não se via o mal.
Eu vim...
Eu vim...
Vim de uma canção sem fim!

(Sawara S.S.)

quinta-feira, 8 de março de 2012

Gato Chinês

Meu poema preferido:



Era uma vez,
Um gato chinês,
Que morava em Xangai
Sem mãe e sem pai.

Que sorria amarelo
Para o Rio Amarelo.
Com seus olhos puxados
Um para cada lado.

Era um gato mais preto
Que tinta Nanquim,
De bigodes compridos
Feito um mandarim.

Que quando espirrava
Só fazia ''chin!''.

Era um gato esquisito,
Comia com palitos,

E quando tinha fome
Miava ''ming-au'',
Mas lambia o mingau
Com sua língua de pau.

Não era um bicho mau
Esse gato chinês.

Era até legal.
Quer que eu conte outra vez?!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A Terrível História dos Sapos Gregos e Baratas Troianas

-Ah que tédio – disse a menina com um suspiro. Estava sentada sobre uma cadeira, olhando o céu azul. Uma criança veio correndo, com os braços estendidos fingindo voar.

-Oooi – disse a pequena dando uma volta.

-Oi – respondeu a outra um tanto desinteressada.

-Vamos fazer alguma coisa?

-Tipo?

-Hn, você podia contar uma história!

-Hn... – a mais velha sorriu e disse: -Era uma vez um gato chinês...

-Que morava em Xangai, já sei já sei, você vive contando isso, não quero ouvir isso

-Não sei nenhuma história – disse então dando de ombros.

-Então eu vou contar uma: É assim, tinha uma menina, que adoravaa brincar na piscina, mas um dia começou a chover! E sabe o que chovia?

-Água?

-Não! Choviam sapos! Muitos sapos, eles caiam do céu e faziam plaf! No chão

-Sapos?

-Chiu deixa eu contar!

-Ta desculpa

-Então, caíram os sapos, e eles adoravam brincar de lutas. Mas aí apareceram baratas!

-E de onde elas vieram?

-Quem se importa? Vieram as baratas, e elas começaram uma guerra contra os sapos! Elas pegavam suas catapultas e thuuf! Atiravam pedras de fogo neles. E os sapos jogavam bolas de gosma nelas

-Ó! Eram os sapos gregos e as baratas troianas?

-Isso mesmo! Eles lutaram sabe por quanto tempo?

-Nã...

-TRÊS DIAS! Eles lutaram por três dias, só que aí a menina ficou cansada de assistir tudo e mandou eles embora, então todos sumiram e a menina saiu da sua piscina e foi tomar um suco de uva. Fim.


(Sawara S.S.)

domingo, 11 de dezembro de 2011

A Barata

Antes de começar, dedico esse conto á duas pessoas:
Primeira: á amiga que me contou: Rebeca, obrigada por me dar a história.
Segunda: á minha irmã, Brunna. Eu sei que você adora baratas.
Vamos á história agora pessoinha.
Sabe, eu não tenho medo de baratas. Pelo contrário. Até porque matar a barata não é algo complicado, basta um chinelo e uma boa batida (ou duas, ou três). Mas! Depois que você bate nela com o chinelo, você para e pensa: Bom, não vou pegar ela na mão, é nojento.
Então você vai até o banheiro pra pegar o papel higiênico e quando você volta...
Ela não está mais lá!
E eu penso: ELA ME VIU! Ela sabe onde eu moro! E ela vai voltar!
E vai voltar com asas, por que Deus não deu asa á cobra... Mas á barata!!

domingo, 6 de novembro de 2011

Pôr do Sol

Dois senhores, já idosos, todo fim de tarde sentavam-se em uma varanda, cada qual em sua cadeira e olhavam o sol se pondo láá longe. Nada diziam até o sol baixar, e, quando ele baixava um suspirava e dizia
:-Pois é.
Ao que o outro respondia:
-Pois é.
Assim os dois amigos iam embora, para no dia seguinte voltarem e a cena repetia-se.
-Pois é.
-Pois é.
Certo dia porém, os dois velhinhos encontraram uma terceira cadeira, e um terceiro senhor. Os dois primeiros sentaram-se e todos ficaram calados, admirando o belo espetáculo de Deus. O sol baixou devagarinho, lá longe. O primeiro disse assim:
-Pois é.
O segundo respondeu:
-Pois é
E o terceiro acrescentou:
-Pois é... Pois é.
E assim dizendo, os três se foram sem dizer mais nada. No dia seguinte os dois primeiros senhores não encontraram o terceiro e um disse para o outro:
-Poxa, legal esse nosso novo amigo não é?
-Sim, sim, muito simpático
-Só não gostei de uma coisa nele
-O que?
-Ele fala demais.
(História contada e escutada por Regina Machado, dia 5 de novembro de 2011)

sábado, 5 de novembro de 2011

Conte até Dez


Quando disser cinco, eu vou chegar e você nem vai me notar.
No seis eu vou estar parado na sua frente.
No sete vou me sentar.
No oito vou balançar a cauda.
E se você tiver sorte, no nove você vai me ver sorrindo pra
você.
Prazer, meu nome é Finn, sou um gato como pode concluir. Diz
aí, meus olhos violetas são demais né? É eu sei sou lindo mesmo. Sabia que ia
achar você, estava te procurando faz tempo, difícil de te achar viu? Te contar,
quase desisti, mas nós gatos somos perseverantes.
Bom chega de lenga-longa, eu vim te mostrar uma coisa. Pare
de gemer desse jeito, nunca viu um gato falar? Affe. Vem logo. Sim é naquele buraco ali, está
vendo? Como não? Tem uma FENDA DIMENSIONAL na sua frente e você não está vendo?
Credo. Não, você sabe muito bem o que fez.
Estou falando com você mesmo engraçadinho. Achou mesmo que
você podia sair por aí, lendo coisas que não devia e sair de mãos abanando?
Claro que não. Aliás, onde estão as cartas? Não sabe, tá bom, você é do tipo
que prefere as coisas do jeito difícil mesmo. Vem, coloca o pezão aí logo. Eu
sei que você não tá vendo a outra parte do meu corpo, é porque eu já estou
metade desse lado. Vem é bonito aqui, bem melhor que aí onde você tá, nesse
quarto bagunçado. E daí que são duas da manhã? Porque fica contando á essa
hora? Devia ter dormido, agora me aguente. Viu eu disse que era bonito aqui.
Sim, sim mas não ligue muito para as fadas, algumas são
chatinhas, cuidado com os cabelos menino, elas gostam de puxar algumas mechas.
Opa eu avisei. Ai meus bigodes! Vamos embora daqui. Ei você é muito caladão. Ah
entendi, tudo bem eu vou te falando o que são as coisas que você não conhece
pra você não ficar assustado. Onde? Nossa você tem sorte, acabou de ver um
tigre-dragão, eles são bem raros. Ah chegamos, só precisa atravessar a ponte.
Caramba não precisa ter medo! Eles não fazem nada. Eu sei que são crocodilos,
vieram do Nilo aliás portanto respeite-os. CUIDADO!
Distraído! Não viu o buraco na ponte? Tá, tá calma já passou
criança, não chore pequenino. Tenho uma ideia. CRAC! (não me olhe assim eu
tentei). Tá vindo, tá vindo! Agarra na pata dele assim ó! Graande! Isso mesmo,
você daria um bom agarrador de patas de tucanos gigantes. Hahaha, finalmente uma risadinha. Vira o
corpo pra lá porque a gente tá saindo do caminho certo. Tá vendo aquele Copo de
Leite ali? Não, não é desse copo de leite, to falando da flor, isso aquela
mesmo, grandinha né? Pula!
UEEEEEEE!
Minhauu. Ai.
Majestade! Perdão, eu calculei mau minha aterrisagem. Ei!
Isso de gatos sempre caírem em pé é lenda. Sim eu sou uma exce... O que?! Ora,
que ultraje. Digo, digo, perdão majestade o senhor está certo, certíssimo.
Trouxe o menino como o senhor pediu, mas ele disse que não
tem as cartas (aposto que está escondido aqui debaixo dessa cabeleira, já viu o
tanto de cabelo que ele tem?).
O QUÊ? Eu trouxe o menino errado?
Mas senhor...
Desculpe. Adeus guri.
Dez.

(Sawara S.S.)