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sábado, 9 de outubro de 2010

Palavras

Tantas letras se embaralham em minha mente
Mas poucas palavras são formadas
E as poucas que me escapam dos lábios
Não dizem nada que faça sentido aos seus ouvidos

(Sawara S.S.)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Esquecer...

O vento passa por mim, faz meus cabelos balançarem raivosamente pela frente do meu rosto, eu estou na ponta de um penhasco que cai para um encosto rochoso no mar azul, o cheiro do sal, as ondas quebrando lá embaixo, nada disso importa para mim.
Porque? Porque a vida não faz mais sentido. Eu deveria agradecer muito por tudo o que eu tenho, tenho uma familia maravilhosa que trabalha duro, tenho amigos incriveis e gosto de todos eles. Mas, aquele que eu mais amava no mundo inteiro se foi.
Era uma noite clara, de verão. Estavámos sentados em um banco de praça, quando um homem se aproximou.
Ora, eu quase escorreguei, penso em me jogar daqui, deve ser emocionante a sensação de cair no esquecimento.
Bom, o homem que se aproximou no inicio não parecia ameaçador, até notarmos uma arma em sua mão, não me recordo qual, ele queria dinheiro. Demos o dinheiro a ele, mas, mesmo assim ele apertou o gatilho e a maldita bala perfurou o coração de Diego.
Pergunto-me: porque matar alguém por motivo algum? Não há sentido nisso para mim
Disseram-me que ele ficaria bem, ele me disse antes de fechar os olhos que nos encontrariamos novamente.
Bom, eu sou apressada, quero ver seu rosto novamente nas ondas do mar e nas pedras verdes de musgo...

(Sawara S.S.)

Amoras Esmagadas

Pouso meus pés descalços na superfície da Mãe
Meus olhos tocam o chão e vêem folhas marrons, amarelas e verdes
Eu sinto o esmagar das pequenas frutas roxas e rosadas
E me arrebata o odor
De amoras esmagadas...

(Sawara S.S.)